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Nero ensina usuários a gravar áudio em stream

A Nero AG, criadora da tecnologia de mídia líquida que pode ser usada em qualquer dispositivo, lançou um tutorial que ensina a gravar áudio em streaming.

Invenção do rádio é atribuída a brasileiro

O padre Landell de Moura, considerado o verdadeiro "pai" das telecomunicações teria sido o inventor do rádio, e não o físico italiano Guglielmo Marconi.

Povo quer debater proposta da ONU sobre radio e tv

Brasília - Uma declaração com proposições sobre a diversidade da radiodifusão no mundo começa a ser discutida no Brasil. O documento, elaborado no mês passado por representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização dos Estados Americanos (OEA), trata da diversidade dos meios de comunicação, das fontes de informação e do conteúdo divulgado.

Para a coordenadora do escritório brasileiro da organização não-governamental (ONG) Artigo 19, Paula Martins, comparado aos países mais avançados no setor, o Brasil está apenas no início do processo. “Estamos anos luz distantes de países como a Inglaterra, por exemplo, que há muitos anos tem um sistema público”, avalia Paula.

Segundo ela, a idéia é que a declaração sirva para orientar uma nova legislação na área de telecomunicações do país, de acordo com os padrões internacionais. O código geral de telecomunicações em vigor atualmente foi formulado em 1962 e não trata de temas como a digitalização e o sistema público de comunicação.

“A gente quer tentar influenciar para que a legislação siga os padrões internacionais na interpretação daquilo que está na declaração. Isso envolve vários subtemas, como a própria legislação ligada às rádios comunitárias, como se dará a expansão da digitalização, a questão da interatividade da TV Digital, e a própria criação de um sistema público de televisão no Brasil".

A coordenadora disse que a declaração está sendo discutida com a sociedade civil e o próximo passo é apresentá-la ao Ministério das Comunicações. “Temos estudado como apresentar isso ao governo, como fazer isso no momento propício para que tenhamos uma reunião e um encaminhamento das propostas que estão aqui". 

O especialista Joaquim Carlos Carvalho, ex-coordenador jurídico da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), reclama que, além do problema da legislação, o processo de concessão é lento. Ele diz que a legislação é restritiva e a fiscalização beneficia o monopólio, além de não haver controle sobre os processos de permissão de novas rádios e renovação das autorizações.

“O Brasil continua o caos nessa área, beneficiando o monopólio e o oligopólio das comunicações e os grandes grupos. Enquanto isso as rádios comunitárias são reprimidas, são fechadas, as pessoas continuam sendo presas e não se cria nenhum mecanismo para agilizar os processos de outorga".

Segundo Carvalho, existem hoje em território nacional cerca de três mil rádios comunitárias outorgadas. Entretanto, outras 15 mil funcionam sem a autorização do governo. Isso porque muitas cidades ainda não têm permissão para o funcionamento de uma rádio comunitária. "Mais de 50% dos municípios brasileiros não tiveram direito a rádio outorgada”, afirmou o especialista.

A Conferência Nacional de Comunicação para discutir uma nova lei de radiodifusão, que teve sua importância levantada na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, havia sido prometida para este ano, mas até o momento não há uma data oficial para o evento.


Fonte: Agência Brasil
(Reportagem: Danilo Macedo)

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