Cláudio Neves
A UFRJ recebeu da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) a primeira parcela de um financiamento de R$ 4,7 milhões para a construção de um protótipo de trem de levitação magnética de 114m de extensão em tamanho real no campus da universidade.
A UFRJ recebeu da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) a primeira parcela de um financiamento de R$ 4,7 milhões para a construção de um protótipo de trem de levitação magnética de 114m de extensão em tamanho real no campus da universidade.
O projeto está sendo desenvolvido pelo Laboratório de Supercondutores (Lasup), da Escola Politécnica e da COPPE. A previsão é que o veículo entre em funcionamento em março de 2011.
Batizado MagLev Cobra, o trem de levitação se move graças a um campo magnético alimentado por eletricidade. O trem faz parte das soluções contempladas no Plano Diretor UFRJ 2020 para o transporte interno da Ilha do Fundão e proporcionará avanços também para o transporte público na cidade do Rio de Janeiro.
A tecnologia pesquisada pelo laboratório pode ser uma solução econômica e eficiente para alguns problemas pontuais do transporte na cidade do Rio de Janeiro e de outras capitais do país. o custo de implantação do protótipo equivale a apenas 1/3 do custo do metrô e a circulação é mais econômica do que a de um trem urbano convencional. “Nossa idéia é estender a rede para cinco quilômetros, substituindo os ônibus que circulam no campus”, diz Richard Stephan, professor da Poli/UFRJ e um dos responsáveis pelo projeto.
A segunda fase consiste na expansão da linha que passaria a ligar o Hospital Universitário à Reitoria e a terceira fase é a ligação entre o Aeroporto Internacional, na Ilha do Governador, e o Santos Dumont, no Centro.
Segundo Stephan, os alemães que desenvolveram o trem eletromagnético de alta velocidade consideram o projeto brasileiro complementar ao criado na Europa, pois o germânico não pode ser usado para transporte urbano, enquanto o brasileiro é ideal para isso.
